O petroleiro dinamarquês Jakob Mærsk (III) foi entregue em 1966 e tinha capacidade para 84 000 toneladas de crude com 262 m de comprimento. Proveniente de Kharg Island no Irão, via Golfo Pérsico e Mar Mediterrâneo, com destino à refinaria de Leça da Palmeira (SACOR), ao manobrar no dia 29-01-1975 por volta das 11h30 da manhã no enfiamento da entrada do porto de Leixões embateu na pedra da Esfarrapada ou no casco do vapor Virgínia ou num banco de areia o que originou uma primeira explosão logo seguida de outras, mais fortes e de incêndio que se propagou de imediato às 80 mil toneladas de crude nos vários tanques de carga derramando para o mar, espalhado a arder por uma grande extensão até à costa junto às praias. O rebocador Monte da Luz da APDL aproximou-se do petroleiro, tendo conseguido salvar os dois pilotos da barra e onze dos dezassete tripulantes bem como rebocar o Salva Vidas que havia ficado sem tração no meio das chamas. Ao longo desse dia outras explosões quebraram o navio em dois e depois em três. A popa e a zona central afundaram-se no fundo de areia entre os 12 e os 15 metros de profundidade tendo a popa sido mais tarde parcialmente removida. A proa, que ficou a flutuar, foi-se deslocando lentamente para sul até encalhar em frente do Forte de S. Francisco Xavier (Castelo do Queijo) onde permaneceu durante vinte anos, até 1995.